Londres – Transcorridos 10 minutos da entrevista coletiva num hotel de luxo londrino, Angelina Jolie solta um palavrão. E se debulha em lágrimas diante da platéia internacional de jornalistas encarregados de cobrir o lançamento do filme A troca, dirigido por Clint Eastwood, sobre um rapto infantil na Los Angeles do fim dos anos 1920.
Angelina interpreta Christine Collins, mãe solteira que se vê vítima da tragédia e da irresponsabilidade. A polícia anuncia o resgate de uma criança que ela insiste em negar ser o filho desaparecido.
Na tela, a figura frágil e gentil é um tributo a Marcheline, a mãe que Angelina perdeu para o câncer em janeiro. “Fico triste por ela ter morrido tão jovem, aos 58 anos, mas me sinto abençoada por ela ao menos ter conhecido alguns de seus netos. Este filme é homenagem a ela”, explica a atriz, de 33 anos. A trama fez com que Angelina se sentisse ainda mais apegada à prole. Ela e o ator Brad Pitt têm seis filhos – três adotados.
Depois de dizer não a Eastwood por ter achado o tema de A troca pesado demais, Angelina voltou atrás ao perceber que a triste história de Christine Collins tinha se transformado em assunto constante de suas conversas, especialmente por conta de episódios como a internação forçada num hospício por ordem da polícia depois de a moça ameaçar denunciar o caso da criança erroneamente devolvida. “Sempre quis trabalhar com Clint e não preciso dizer a ninguém o grande ator que John Malcovich é, especialmente porque ele não intimida seus colegas”, afirmou ela.
Há um ano
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